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sexta-feira, 23 de março de 2012

]]]Indefinição[[[


     Ainda que na rotina me escondesse, que nos impávidos pés da invisibilidade ilusória  tentasse fugir à convocação da vida, não poderia ausentar-me do fluxo agressivo dos dias que ligeiramente, vão escapando ao nosso  controle.
   Mesmo que de longe olhe o horizonte da vida, não me arrisco imaginar que chegarei ao fim. Ou mesmo que chegasse não serei decerto, merecedora de glórias e troféus.
   No fogo da lareira que vai queimando aos poucos, algo mais que matéria- prima vai se esvaindo junto com os sonhos que timidamente sonhei. A música que tocava , já não se ouve mais, a dança que a passos largos sentia como louco que, sem reservas apenas explode com o calor dos gestos,  já não é visível aos olhos de dentro.
   Algo mudou, mas o quê?
   Entre tantas brincadeiras me achava! Faz de conta, gritaria, algazarra... pequeno mundo que já não é sozinho. Espaço que transformei em lugar.  Só dentro de mim é que posso achar. Tantos detalhes que hoje procuro no ar... já não será possível respirar. Ar de infância, de amor simples como o fogo da lareira, que de tão igual já não queima cá dentro.
  Devagar para que eu possa apenas olhar e nessa atitude de quem não olha deveras o fogo, possa quem sabe achar o que não sei. Talvez seja um caminho, ou quem possa caminhar. Não importa, o que interessa é procurar. A única certeza são as pedras do percurso que irei passar.
   A questão não é o que se procura, mas o motivo da busca. Quero me encontrar e enquanto não acho vou sendo como esse fogo que demora para queimar.

Autora: Sharline Dionízio
   

terça-feira, 20 de março de 2012

´´´´Ilógico´´´´

Qual a lógica de chegar?
Já que para se afirmar o homem precisa das conjecturas, então responda-me: Por que era preciso que deste mundo fosse parte? 
Como coisa alguma se encaixa, uma descrença envolve esses dias de Março, é como um começo depois da euforia. Tudo passa!
Quisera que o pôr -do- sol  ficasse parado, só assim seria verdade. Mas não, ele parte nesse imenso ocaso.
Apenas os dias se movem como se não notassem que não posso ser melhor do que fui quando criança.
Posso sentir lágrimas caindo do papel. Morte ou vida? Decida! É isso que o mundo grita.
Penso hoje como se fosse ontem, e o amanhã é como se não existisse, não posso refutar, essa é a premência da vida.
Qual a lógica de chegar? 
Em tantos olhos não consigo ver. Só vejo o porquê de partir sem ver o Sol que não deu tempo de assomar.


Autora: Sharline Dionízio