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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Só sei que duvido...e você?????

Certeza. Essa palavra tão breve e tão forte. Tão independente. Não fraqueja, nem se move.
Certeza, palavra triste, porque não precisa de mais nada. Possuir a certeza é ser todo em qualquer ação. É nada mais esperar, é acabar-se em si mesmo.
Ter certeza é não precisar... não precisar sofrer, ou mesmo sofrer sem querer. É altiva e prepotente. Tem a verdade e nada mais carece. Já cresceu e amadureceu nada mais tem que venha a aprender.
Certeza que não esmorece, mas que também não enobrece. Certeza que em nada nos inveja, mas talvez precise alguma vez, do que só a dúvida  tem a dizer.
Dúvida! Maravilhosa dúvida que nos faz buscar, imaginar, procurar...
Duvidar é ser incompleto, é procurar o pilar que só a certeza pode dar. Se um dia a certeza nos encontrar e se alcançarmos a sua verdade, seremos mais completos. Mas eu só quero a lentidão que o preencher sabe fazer.
Ser completo é acabado. Não precisou juntar as poucas verdades, não foi se fazendo. A completude de que falo, é, e nada foi antes. Já surgiu na totalidade do ser.
Ser preenchido remete a pequenas doses de verdades. Preencher é aos poucos ser, é construir-se e ser todos os dias. Ser preenchido é ter sido um pouco cheio e um pouco vazio.
Ah! Certeza tão almejada! Tão buscada! Tão procurada! Estás tão enganada! Será que alguém realmente deveras te quer?
Não te iludas certeza! Porque o que se quer é procurá-la. É como brincadeira de esconde- esconde, onde o melhor não é encontrar, mas a busca, a ansiedade, a frieza, a expectativa de achar.
Certeza quero procurá-la, no entanto sem que possa de fato, saber onde está.
Certeza é deixar de ser humano, quero a angústia do ser. De não saber o que o amanhã vai proporcionar. Quero a cegueira da incompletude, do nada saber.
Ter certeza é ter esgotado a esperança. E eu quero ainda esperar  e todos os dias um pouco preencher.
Não sei viver diferente,  só sei ser aos poucos!
Autora: Sharline Dionízio

#Angústia#

Olho para mim e não encontro o que procuro
Vejo apenas o nada. 
Na verdade eu não sei o que procuro.
Como posso procurar algo que não sei se existe,
Que provavelmente não há?
No entanto busco insistentemente por alguma coisa que talvez me ultrapasse.
Como posso entender o todo se sou somente a parte?
Certamente não posso enxergar todo o mar, meus olhos não podem mensurar a imensidão que se estende no horizonte.É como abraçar uma nuvem, tocar uma estrela, sei que não vou alcançar. Mas não me acomodo. Deve fazer parte do existir essa busca pelo que não se sabe, esse porque que anda sempre sozinho, esse vazio que nomeamos de nada, essa dor que na verdade não dói. Isso não consigo entender, procuro o vazio em meio ao tudo que se move, procuro o nada. Pálido, inerte e inalcançável. Voltai pequeno ser, voltai para o inautêntico existir para que a vida breve seja ao menos mais leve, voltai!
Autora:Sharline Dionízio