Olhar para o céu sempre me fascinou. Não é simplesmente admirar a beleza incontestável do universo. Eu olho admirada para cima, curiosa pelo mistério do desconhecido. Bom, o homem já foi até a lua, conheceu o que até então era impossível de se alcançar e, no entanto o infinito ainda é uma incógnita.
Volto-me para esse misterioso sem fim e penso que somos prisioneiros de nós mesmos, como um pássaro que jaz preso em sua gaiola. É assim que me vejo quando reflito na imensidão da minha "prisão".
O foguete chegou até o universo mas não foi capaz de chegar ao princípio, satélites rondam a terra, mas não sondam nossos pensamentos, pisamos na lua, porém não desvendamos os enigmas que a circundam....o homem pode muito, não há como negar, mas os mistérios universais são infinitamente maiores.
Existem muitos nomes eminentes na ciência, intelectuais que provaram e descobriram muitas coisas interessantes e revolucionárias, entretanto estes não foram capazes de decifrar o pensamento e a vontade, o que move cada pessoa com suas ânsias e desejos, a subjetividade e porque não, a alma, o espírito.
Assim, continuo olhando para o que não sei, para o que não entendo, certa porém que quando olho para o alto ele também olha para mim, mesmo que apenas num piscar de estrelas ou na brisa que deixo invadir meu rosto nas noites de verão, mesmo que de longe...distante....perto me sinto do mistério que fascina!
Autora: Sharline Dionizio
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