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sábado, 7 de janeiro de 2012

***A esperança não morre***

   Fico diversas vezes impressionada com a capacidade destrutiva do ser humano. Todos nós já assistimos nos telejornais, notícias de plantão, conversas de vizinhos ou mesmo presenciamos a violência em todos os sentidos. Não somente a agressão física, mas também no que se refere à educação; algumas pessoas não respeitam as outras, não há a consciência de que somos todos seres humanos e que, portanto somos iguais, estamos todos no mesmo “barco”.
     Acredito que não escreveria novidades se citasse exemplos da violência que alguns praticam com seus semelhantes sem nenhuma culpa ou arrependimento, ou mesmo se sentem remorsos no momento, não pensam duas vezes antes de novamente agirem agressivamente. Existem infindáveis exemplos, pois quase podemos tocar na violência. Seja em casa, no vizinho, na escola ou faculdade, trabalho, enfim no nosso cotidiano.
     É recorrente notícias de filhos que matam pais ou o contrário, mães que espancam os filhos, abandonam os recém nascidos nas lixeiras do mundo. Alunos que deixam claro para os professores que o único aprendizado que desejam é de como ficar “ por cima” nos corredores, de como “zoar” dos que são “idiotas” porque estudam. Passageiros de ônibus que despejam nos motoristas chingamentos bastante agressivos apenas porque ele passou da parada. De funcionários que preferem escolher a inveja e destroem a vida de colegas, apenas com o intuito de “subir” na vida. Homens e mulheres que retiram de outros, objetos valiosos que foram conseguidos com esforço, ou mesmo que nenhum esforço tenha sido feito, o que fica é apenas a sensação de incapacidade diante da falta de respeito. E quando é retirado algo que nada se iguala em valor então! Me refiro à vida. Não há remendo que repare o mal, não há anos de prisão que traga a vida de volta, não existe punição que retire da mãe desesperada, do pai desconsolado o sentimento de perda de algo irreparável, não temos capacidade de mensurar a dor de ver um dos nossos jogados no chão de ruas sujas com marcas da violência gratuita, através de armas que representam não só o terror da possível morte, mas também a decadência de quem a segura.
    Não consigo entender tanta insensibilidade! Nada ganhamos com a dor do outro a não ser o peso de ter feito um ser humano sofrer. Inúmeros momentos fixo meus olhos em tantos rostos e vozes que falam em meio a lágrimas e sofro, sinceramente sofro porque alguém tem coragem de matar uma criança ou qualquer outra pessoa, de roubar um idoso ao sair do banco ou retirar furtivamente da bolsa alheia um objeto que não lhe pertence, de  pessoas que tem como função o cuidado e que ao contrário espancam aqueles que eram responsáveis e  que foi depositada toda confiança.
    Certamente a violência existe desde sempre. Caim matou Abel. Este irmão invejoso ainda mora dentro de nós. Resta apenas escolhermos que atitude vamos tomar em nossa vida em relação aos outros. Torço com todas as minhas forças para que o bem vença o mal, que os bons sentimentos prevaleçam sobre a inveja. Sonho com pessoas que respeitam os “anormais”, que respondem ao boa tarde que de tão corriqueiro se tornou voz que não se escuta. Anseio com o tempo em que um olhar estranho não se torne motivo para um briga, que uma batida de carro não seja desculpa para tirar o futuro de alguém. Sonho...e choro pela dor que em mim não dói, mas que sinto como se em mim doesse.
     Entretanto sei que existem vários exemplos bons, de pessoas que fazem da vida jardins onde nascem belas flores, que se abrem e se fecham sem se importar com os passos ligeiros e despreocupados, apenas espalham beleza ao redor. Seres humanos que são “humanos”, que erram, mas que a essência não permite que a superficialidade vença. Assim prossigo acreditando que somos melhores do que parecemos tantas vezes, que más atitudes podem ser acompanhadas de um singelo pedido de perdão. Acredito ainda no ser humano, em Deus e na vida...no bem e no amor. E continuo caminhando no tempo, nos dias e escolhendo...na certeza do amor que, se não foi escolhido, ainda é opção, é só acreditar.

Autora: Sharline Dionízio

   
   





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