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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Tic-tac...Tic-tac...



Pensamentos vão surgindo de uma longa madrugada...
Calados, silenciados pelas horas...
Palavras vão se fazendo, surgindo do nada ...não há escolha, estou sendo levada.
Não é novidade o que chega e sai de mim...conheço cada interrogação de noites assim....sem fim!
Noite ainda quando é dia fora. No sentido de que quase tudo vem a tona...Será por causa da hora?
A indagação que permanece sem ir embora é a liberdade e o sentido da verdade.
Sabe... quisera eu dormir...e somente acordar depois que o mar parasse de se agitar...mas o desconhecido me encanta, não importa o tempo de chegada.
Liberdade... quem a tornou parte de nossa realidade? Os iludidos lutam por ela... revolução e guerra...
Quem falou em autonomia vive em um mundo a parte. Para estar aqui é preciso mergulhar na realidade....
Ser livre é submissão... desculpe essa decepção. 
Não queria dizer que liberdade é fantasia. Mas sou o que sou, e não tive escolha...queria ser uma novidade.
E a verdade que Pilatos indagou do Cristo?
Que revelação é essa? Que ele não quis pensar...não quis dizer. O que é a verdade?
Foi o que ele perguntou... e hoje ainda não paramos de questionar.
Verdade? Que tolice!
Quem inventou esse disparate?
Existe realidade...essa que te acorda quando o sol desponta... que te adormece quando é hora...hora...tempo que dita o caminho, experimenta não olhar os ponteiros que se deslocam!
É disso que falo...não percebes essa manipulação? Não se preocupe, não há maldade e nem bondade, apenas o curso da realidade.
Por que não estou dormindo? E se trocasse o tempo? E só quisesse dormir semana que vem? Não poderia, não sou livre para escolher que horas adormecer.
E se tentasse parar de comer? Ainda seria loucura, sou dependente disso que me sustenta.
Escolhi a pílula que abre os olhos...que transporta para o real...
Voltar não é mais possível e quem me fez chegar?
Sou personagem e conto a história...sou autora e personagem ou sou narradora e
Protagonista? Isso explica alguma coisa?
Se tudo que temos é o sensível....será que o cheiro ta errado? O que ouço é utopia? Minha visão enganadora?
Cogito, ergo sum?
Penso, logo sou?
Descartes, desculpe dizer que se enganou, leia minha versão agora: Penso, logo não sou.
Não sou o que digo ser...ao pensar descubro que sou cópia de tudo que circunda a existência. Uma folha levada pelo vento e esse vento chama-se sociedade hipócrita.
Sou onde não penso...Freud explica agora...
Será? O id está falando agora?
 Pode me determinar?
Desejo. Castração. Pulsão...liberdade...verdade.
Escrever é deixar o inconsciente falar?
Então, preciso parar...até as palavras são submissas...
Só há uma liberdade na vida do ser humano: Saber que é um prisioneiro na terra.

Autora: Sharline Dionízio




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